Vamos começar com a aula da semana passada: a partir de um caderno especial publicado há um tempo atrás pela Zero Hora, os professores expuseram a rotina de um jornalista dentro da redação. Isso já foi suficiente para eu - assim digamos - entrar em pânico. É mais ou menos assim: se deve chegar ao local de trabalho; discutir o que vai ser feito durante o dia; sair em busca da matéria; observar os detalhes do que está acontecendo ou já aconteceu; perguntar para as pessoas presentes o que elas viram; conversar com outras pessoas, que entendam sobre o tema, para descobrir os motivos; voltar para o jornal; checar se o que as pessoas falaram é verdade; escrever sobre o assunto, usando apenas o espaço pré-determinado para aquela notícia e tomando MUITO cuidado para não cometer nenhum erro de português e, finalmente, enviar sua obra-prima para os responsáveis, para que, no dia seguinte, o mundo inteiro possa ler o texto que você produziu (mesmo que ele tenha apenas cinco linhas). Que ser humano, em sã consciência, se submeteria a essa profissão? Eu, é claro, e mais tantas outras pessoas que, sabe-se lá porque, se apaixonaram por esse tal de jornalismo.
Passado o susto, fomos para o intervalo. Mal sabia eu o que me esperava. O futuro do jornal impresso. Realmente, na sociedade moderna, o jornal esta se tornando um meio de comunicação obsoleto. Seu custo de produção e muito alto, prejudica a natureza, suja as mãos, não é pratico e, a pior desvantagem, não pode ser atualizado. Por causa de seu ciclo de 24 horas e de seu espaço limitado, muitas noticias acabam ficando de fora. É aí que entra mais uma dessas inovações tecnológicas de que tanto tenho medo: o papel eletrônico. Papel eletrônico! É um objeto do tamanho de um livro, só que muito mais fino, e claro, sem paginas. Ao abrir a capa, vê-se uma tela em que se pode visualizar conteúdos de jornais, livros, revistas... Existem opções com e sem acesso a Internet. Os que tem acesso a Internet disponibilizam as notícias assim que elas são publicadas. Agora imagine o que vai virar a vida dos jornalistas, que mal têm tempo de escrever suas matérias nos jornais tradicionais, em que se tem quase um dia inteiro para publicá-las.
A tecnologia é algo tão incrível, e ao mesmo tempo, tão assustadora, que o projeto é transformar esse papel eletrônico do tamanho de um livro em um papel maleável. Nisso, eu só acredito vendo!
A aula de hoje: Depois de lido o texto A Arte de Fazer um Jornal Diário, foram discutidos vários aspectos acerca do jornalismo. O assasinato de Tim Lopes foi a base da discussão sobre os limites dos jornalistas. Entraram como exemplos tambem coberturas de guerra e o recente caso do reporter da Record, Roberto Cabrini. O "caso Isabella" foi usado para ilustrar algumas atitudes que se devem ou nao ser tomadas enquanto jornalistas.
Depois do intervalo, começamos a elaboração do jornal da cadeira. Com os grupos já formados na aula anterior, fizemos a primeira "reunião" de editorias. A de Cultura foi ótima. Todos já tinham idéias sobre o que escrever. Idéias muito boas, por sinal. O problema de ter tantas idéias, é que cada um precisou brigar pela sua para que ela tivesse um espaço legal. Algumas foram deixadas de fora por falta de espaco, outras, por falta de tempo, outras ainda, por falta de contatos. Depois disso, formamos os grupos para fazermos as matérias. Então, fomos escolher o formato das páginas. Só depois de muita discussão, troca de idéias e mudanças de opinião é que as paginas foram, finalmente, decididas. Incrível a quantidade de tempo que levamos para organizar uma editoria de apenas 3 páginas.
Fazer jornalismo não e tão fácil como eu imaginava, mas é muito mais interessante do que eu esperava!
By Rafa Ely
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